DIACONATO - A SERVIÇO DO REI JESUS
O diaconato é uma das funções eclesiásticas mais prestigiadas e difundida nas igrejas evangélicas, seja qual for à linha teológica ou a forma de liturgia adotadas. A nomenclatura varia - em algumas denominações eles são chamados de obreiros ou oficiais – assim como as atribuições e dimensões de poder. É um ministério que compete a mulheres e homens, já que cada vez mais igrejas possuem diaconisas. Mesmo com toda essa diversidade, num ponto todos os crentes concordam, os diáconos são fundamentais para o bom funcionamento da obra de Deus.
Surgido nos tempos do Novo Testamento, o diaconato foi instituído para contornar uma dificuldade na estruturação da Igreja Primitiva. De acordo com o livro de Atos, logo após a ressurreição de Jesus, a pregação dos apóstolos levou milhares de pessoas à conversão, trazendo para o seio da comunidade cristã uma série de demandas espirituais e materiais. Os líderes resolveram então, designar “ homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria ” para que cuidassem do sustento da igreja e do cuidado com os pobres, liberando os apóstolos para dedicação exclusiva a oração e ao ensino da Palavra de Deus. Mas alguns diáconos como Estevão e Felipe, foram muito além das tarefas estritamente práticas e até hoje são lembrados como heróis da fé.
O trabalho diaconal recebe maior importância quando é encontrada na primeira carta de Paulo a Timóteo, a citação das qualificações exigidas para esses ajudadores da obra de Deus. Ali está dito que: “O s diáconos devem ser respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância e que conservem o ministério de consciência limpa" (I Tm 3.8-10).
A palavra diácono é originado do termo grego diakonos, que pode ser encontrada cerca de trinta vezes no Novo Testamento. Em todas elas está sempre ligada à idéia de serviço, geralmente no sentido de atendente ou servente. Além disso, termos conexos, como diaconia (Ministério) e diakoneo (servir ou ministrar), também são citados nas Escrituras.
A maioria dos crentes costuma ver o diácono como uma espécie de “faz tudo” da igreja, o que não deixa de ser verdade. Mas é claro que, por exercer uma função que lhe dá poderes sobre os outros irmãos o diácono sempre caminha no “fio da navalha”. Ele jamais deve abusar de sua autoridade, mas também não deve se omitir, mesmo que suas recomendações não sejam agradáveis. Existe em algumas igrejas até uma frase de tom irônico: “resisti ao diácono e ele fugirá de vos”. |